quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um Grande Garoto - Nick Hornby


Sim, sim, sim! Esse é o mesmo título de um filme. Que por acaso (uau, que coincidência) foi inspirado nesse livro.
Por que eu gosto do filme? Primeiro porque tem o maravilhoso Nicholas Hoult, meu xodó. Ele foi um dos protagonistas de Skins (Juventude à Flor da Pele - bela tradução) na primeira e segunda temporada da série, meu lindo Tony, para quem nunca ouviu falar. Claro, na época, Hoult só tinha 12 para 13 anos e embora ele esteja bem novinho no filme, dá pra ver que ele é um ótimo ator. Outro protagonista é o conhecido Hugh Grant, que fez filmes adoráveis como Um Lugar Chamado Notting Hill. Eu tenho certeza que você já ouviu falar dele.
Mas então. Voltando ao livro. Eu estava num sebo enquanto procurava alguma versão de O Médico e o Monstro para minha amiga quando achei esse livro (por R$ 12, enquanto na saraiva vende por 40!!!) com uma capa completamente tosca. De verdade, olha só pra isso. A minha edição é essa mesma. E, sabe, capas deveriam fazer você querer ler a obra do autor. Mas, bom, não vou querer acabar com quem quer que tenha pensado nessa imagem e a combinação da tipografia e blá blá blá. A questão é que não achei que o filme tivesse sido baseado num livro. E depois que eu vi na orelha do livro que o tal Nick Hornby também é escritor de Alta Fidelidade (outro filme que eu adoro), eu resolvi levar. Porque, né.
"Aos trinta e seis anos de idade, Will Freeman sabe que não deseja ter filhos e não entende por que todo mundo vive recomendando que ele os tenha. Mora em Islington, num apartamento moderno, sem brinquedos ou chupetas espalhadas pelos cantos, com CD's sem arranhões e muito tempo livre para fazer o que bem quer. Os direitos autorais de uma canção de sucesso composta pelo pai em 1938 lhe garantem uma vida financeiramente estável.
Ao conhecer Christie, uma mãe solteira atraente, ele entra para a associação de pais separados à qual ela pertence para paquerá-la. Para fazê-lo, ele inventa um filho de dois anos, cuja ausência suscita constantes explicações. Surge, então, Marcus, um garoto desajustado, cuja mãe, também separada, acaba de tentar o suicídio. O garoto precisa de um pai de verdade, já que o seu é completamente omisso.
A partir desse encontro, Nick Hornby explora as relações que as pessoas estabelecem quando o modelo de família ideal não dá certo e delicia o leitor com uma prosa fluente, cheia de humor e ironia, capaz de revelar sua sábia e divertida visão de mundo."
Então é isso que está escrito na orelha do livro e eu tenho que concordar plenamente com a parte de "prosa fluente" e "humor e ironia". O livro é escrito em terceira pessoa, mas o autor consegue ser muito pessoal, consegue captar bem o que o personagem está sentindo. Fiquei bem impressionada por essa parte. Além disso, me pareceu que alguém - algum amigo ou conhecido - é que estava me contando a história. Tem alguma coisa de informal no jeito que Hornby escreve, de verdade.
Sobre a história: acho que deu pra perceber que é sobre um garoto meio estranho e sobre um homem tarado e desocupado que não faz nada da vida (quer dizer, qual foi a de entrar para uma associação de pais separados só pra ficar com algumas mães solteiras?). Como eu tinha visto o filme primeiro, eu acabei me guiando por ele, tentando lembrar das cenas e de como a história seguia. Ainda não vi o filme de novo, mas posso dizer que essa é uma das melhores adaptações que eu já assisti. Talvez não pelo final - que é bem diferente no filme e no livro -, mas nem tudo é perfeito, né. Achei que tanto Hugh Grant quando Nicholas Hoult interpretaram o papel muito bem. Era como se eu estivesse lendo o filme. Hehe, estranho, mas também nunca tinha acontecido comigo antes!
Resumindo: o livro é ótimo (peca pela capa, na minha opinião) e é uma ótima leitura. Bem rápido, acho que eu acabei em quatro dias, assim, lendo um pouco de cada vez, nada de pressa. Talvez não seja o gênero favorito de muita gente, porque tem um pouco de drama, mas também tem alguns momentos engraçados.

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