quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Filmes Da Semana #1

O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy), 2009.


Como muitos devem saber, o filme trata da vida de John Lennon antes dos Beatles. Eu achei que teria um pouco mais sobre a banda... quase nada, na verdade. O filme termina quando John faz a viagem com os outros Beatles para Hamburgo, na Alemanha. Mas não se preocupe, não faz diferença saber sobre o final, o mais importante do filme está na sua duração e não propriamente o fim que não muda em nada, já que todo mundo sabe mais ou menos a história da banda. Portanto, o longa retrata, baseado nas memórias da sua meia-irmã, a adolescência de John. Eu, que peguei emprestado do meu pai a biografia escrita por sua primeira mulher, Cyntia, já sabia um pouco sobre esse período da sua vida, embora não tudo. Ele conheceu Cyntia na faculdade, o que quer dizer que nada da sua adolescência foi escrita com muitos detalhes no livro. No filme, a pobre mulher nem sequer aparece - não fez falta, de qualquer maneira.

Sobre o ator Aaron Johnson. Bem, ele é uma graça. Fez filmes como Kick Ass - Quebrando Tudo, Gatos, Fios Dentais e Amassos e O Ilusionista. Não acho que ele seja o ator do ano, nem que não poderiam ter escolhido alguém melhor para o papel, mas sua performance é bastante satisfatória. Fazer filmes de drama e personagens intensos como John Lennon foi retratado é mais difícil do que parece. O que me incomodou bastante foi o fato de Aaron ter aquele rosto comercial demais para o John Lennon de verdade. Para mim, o músico sempre foi mais interessante do que propriamente bonito e estava na cara que quem escolheu os atores não se importou nem um pouco com sua aparência. Aliás, com a aparência de nenhum outro ator:

Sobre o ator Thomas Brodie-Sangster. Logo reconheci seu rosto pelo filme Simplesmente Amor. Também achei que ele esteve muito bom como Paul Mccartney. O figurino é que me incomodou, porque colocaram roupas largas demais (talvez para engordá-lo, já que ele me pareceu bem magrinho), mas, para mim, aquilo só o fez ficar mais esquisito. Novamente, nenhuma semelhança com o cantor, tirando o branco do olho, sabe como é.

Sobre a atriz Kristin Scott Thomas. Uau, essa eu tenho que aplaudir de pé. Ela deu um show o filme inteiro como Mimi, a tia durona de John Lennon. Claro, uma das mais experientes no filme e bem amadurecida como atriz, foi difícil não se impressionar com seu desempenho. Pelas críticas que eu li do filme, parece que todos gostam mais dela do que o próprio Aaron Johnson.

Sobre o filme. Achei intenso. Um pouco exagerado, por vezes. Quero dizer, a vida de ninguém é um filme de verdade. Então os acontecimentos ficam um pouco sensacionalistas demais nas telonas. Ao terminar a sessão, fiquei um pouco sem palavras, pensando no que eu realmente achei do filme... Me envolvi bastante com a história. Acho que é um bom filme, sim. Dramático - o que pode piorar tudo quando você pensa ei, isso foi a vida de alguém. Recomendado ;D

Tron - O Legado (TRON: Legacy), 2010.


Vasculhando por aí um trailer do filme que anda nos cinemas e fazendo o Daft Punk mais rico, eu descobri que Tron - O Legado é uma continuação! Me pegou de surpresa, tenho que confessar. Aí um trailer sem legenda (sorry) do filme de 1982, com o mesmo ator que faz o personagem Kevin Flynn no filme deste ano:

Dá pra notar certas diferenças nas versões (espero que isso não tenha soado óbvio demais), até porque em 1982 não existia nada de microcomputadores como o meu laptop de onde eu estou escrevendo isto. O fato engraçado é que tanto a primeira versão como a segunda não me despertaram muito interesse. Eu não fiquei nada do tipo "tenho que ver esse filme, já" quando assisti ao trailer. O que é um pouco ruim, mas os ingressos de Enrolados estavam esgotados, então eu tive que ver Tron mesmo, né.

A história, para quem não sabe, gira em torno desse universo digital paralelo ao nosso. Aparentemente, Kevin Flynn (Jeff Bridges), um dos donos e revolucionários da empresa ENCOM descobriu uma forma de se projetar (ou se transportar) para a Grade. No último filme, seu filho, Sam Flynn (Garrett Hedlund) acaba entrando no mesmo universo criado pelo pai. À sua procura, faz diversos inimigos e conhece a bela Quorra (Olivia Wilde) que o leva diretamente ao Criador, Sr. Flynn.

À princípio, fiquei bem perdida. Acho que isso é comum quando o filme não se passa em um cenário, digamos, concreto. A história é diferente, mas acho que já fizeram roteiros parecidos – essa coisa de misturar o universo virtual com o real. Como vi em 3D, durante o filme todo fiquei meio zonza: não só porque o próprio filme é bem futurista, mas porque os óculos não se dão bem com os meus olhinhos.

O enredo é no mínimo previsível. Talvez não a parte em que todos tentam matá-lo ou aprisioná-lo por ele ser o tal filho de Flynn, mas o final me decepcionou bastante. Para um filme de aventura, achei divertido, um pouco sombrio e não muito a cara da Disney. A parte final lembrou um pouco “Luke Skywalker, eu sou seu pai”. Quero dizer, a coisa do Bem e do Mal estarem pertos um do outro e... Enfim, não quero estragar a surpresa.

Os efeitos especiais são de tirar o fôlego e há tanta coisa para se ver que às vezes é difícil acompanhar tudo. Além do fato de o ator Jeff Bridges interpretar Kevin jovem e Kevin mais velho também dá uma credibilidade ao filme. Devo dizer que o rosto do ator foi computadorizado, digitalizado e rejuvenescido alguns anos para que não usassem outro cara senão o próprio para interpretar Kevin Flynn quando mais novo.

O Daft Punk que foi muito elogiado pela trilha sonora está mesmo de parabéns. O grupo tem tudo a ver com a temática do filme e não fizeram por menos. Embora não haja nenhuma letra em música alguma, todas as músicas fazem com que o espectador entre, de cabeça, no universo da Grade.

Um comentário:

  1. Vi Tron esses dias também, e não achei grande coisa. Os efeitos foram ótimos, é claro, mesmo que eu não tenha visto em 3D, mas realmente achei que a história deixou a desejar.

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