Ao contrário do que o trailer possa parecer, o filme merece grande atenção da mídia e de telespectadores do país inteiro. Talvez eu soe exagerada ao concluir que Estômago é um dos melhores filmes brasileiros produzidos na última década, senão o melhor, mas não pense que estou desmerecendo outras produções como Cidade de Deus ou Central do Brasil. Pelo contrário: é cada vez mais estimulante parar numa sala de cinema para assistir longas com o idioma original em português.
A história pouco comum sobre a trajetória de um cozinheiro que chega à cidade grande sem nem saber do seu grande talento com comida prende a atenção de qualquer um durante seus 112 minutos. O nome dele é Raimundo Nonato, um imigrante que tenta a sorte em Curitiba, local aonde, de primeira, só consegue um emprego de faxineiro num boteco qualquer. Lá, acaba mostrando seu talento com as coxinhas, que começam a atrair outros fregueses como a prostituta Ìria e o dono de restaurante Giovanni.
Giovanni o leva para trabalhar com ele e ensina sobre culinária fina, no seu estabelecimento italiano pomposo. Já Íria, o serve com outro tipo de atributo e acaba num caso amoroso tanto pelo cozinheiro quanto por sua comida.
É divertido acompanhar a história de Nonato como cozinheiro e também na prisão. As quase duas horas se passam intercalando os cenários: hora a cozinha limpa do restaurante de Giovanni, hora a cela que o rapaz divide com outros tantos companheiros. O motivo por estar preso só é revelado no final do filme, o que eu achei muito digno, porque foi um final extremamente irônico e que me satisfez como muito poucos filmes já fizeram.
Embora tenha sido lançado em 2007, não conheço muitas pessoas que assistiram ao maravilhoso filme de Marcos Jorge (pelo menos não é nada sobre favela ou sobre os riquinhos da Zona Sul do Rio). A próxima vez que passar por uma loja de DVDs me lembrarei de procurar por esse “must see” do cinema brasileiro.
Nóóóó!!! Já te contei que minha mãe era louca pra ver esse filme fazia uns dois anos e só viu quando passou na globo né? rs
ResponderExcluirEu perdi no dia, agora preciso procurar. E que orgulho de ser filme brasileiro!